sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Policiais federais paralisam atividades no Maranhão

POLÍCIA FEDERAL FAZ GREVE DE ADVERTÊNCIA
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Seguindo orientação da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), agentes, papiloscopistas e escrivães da Polícia Federal (PF) do Maranhão – categoria composta por cerca de 250 servidores no estado – deram início a uma paralisação de advertência, na manhã de ontem (5), com duração de 48 horas (dias 5 e 6). Os servidores protestam contra algumas práticas político-administrativas da alta cúpula do governo federal, em especial do Ministério do Planejamento.
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Concentrados na entrada da sede da Superintendência da Polícia Federal, localizada na Cohama, e munidos de faixas que denunciavam o “sucateamento” da PF, os agentes reivindicavam, do governo federal, medidas imediatas que reestruturem a carreira, como a equiparação salarial com trabalhadores de outros órgãos, como os da Agência Nacional de Inteligência (Abin) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Também é reivindicado o repasse de mais recursos para o combate à corrupção e o fim da escolha, por critérios puramente políticos, dos cargos de chefia e funções comissionadas na instituição. De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal no Maranhão (SSPF/MA), José de Ribamar Freire de Sousa, 55anos, a situação já perdura por uma década, sendo que, nesse período, as partes investigativa e pericial não estão sendo privilegiadas.
Servidores da PF no Maranhão se concentraram na sede da instituição; faixas exibem reivindicações. 
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Devido às péssimas condições de trabalho, no ano passado um total de 11 agentes, em todo o território brasileiro, cometeu suicídio, segundo o SSPF/MA. Entre 2012 e 2013, 36 morreram no cumprimento de suas funções. “Sem contar que, por ano, 250 destes profissionais pedem exoneração, tendo em vista que passam em outros concursos públicos”, complementou José de Ribamar. A categoria denuncia que, no ano passado, apenas 3% dos inquéritos policiais, na maioria relacionados ao tráfico de drogas e à corrupção, foram transformados em denúncia pelo Ministério Público Federal (MPF), deixando os criminosos isentos de uma possível condenação pela Justiça.
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Segundo os agentes, o governo federal, por conta do escândalo do “mensalão” petista, está, há mais de dez anos, tentando impedir que a PF cumpra com as suas devidas atribuições. “Nós incomodamos o governo. Por isso, querem nos manter desestruturados”, frisou José de Ribamar Sousa. O movimento de advertência da categoria está acontecendo nos 27 estados brasileiros, em dias alternados, definidos pela Fenapef. Os agentes pretendem realizar outras paralisações, atos públicos e manifestações, até que as reivindicações sejam atendidas. A possibilidade de uma greve por tempo indeterminado depende, também, da entidade nacional, e, caso a greve seja declarada, acontecerá em todo o país.
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Fonte: JP

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